terça-feira, 28 de julho de 2009


Devemos venerar Maria?

Certamente não houve nenhuma mulher antes do reino de Deus que era tão abençoada quanto Maria, a mãe de Jesus. Ela era uma camponesa humilde de uma cidade desprezada na parte rural do norte da Palestina. Não foi por acidente que Deus a escolheu para ser a mãe de seu Filho unigênito. Seu caráter era tal que foi considerada especialmente adequada para cuidar e guiar a Criança nascida dela. O anjo Gabriel cumprimentou Maria: “Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo” (Lucas 1:28).

Mas a Igreja Católica aumentou a honra dada a Maria muito além deste nível. Os católicos referem-se a Maria como a “Mãe de Deus” (Gibbons, 137). Certamente ela foi a mãe de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Mas em nenhum lugar as Escrituras a chamam de “Mãe de Deus”. Além disso, ela não teve nada a ver com a natureza divina dele, que ele tem possuído desde a eternidade (João 1:1-3). Este título a eleva acima do próprio Deus, assim como fazem as práticas católicas em referência a Maria.

Os católicos alegam que, de todos os simples mortais que nasceram na terra, apenas Maria nasceu sem o pecado original: “Definimos que a Abençoada Virgem Maria, no primeiro momento da concepção, ...foi preservada livre de toda mancha do pecado original.... Diferente do resto dos filho de Adão, a alma de Maria nunca foi sujeita ao pecado” (Ibid. 140).

Esta doutrina é chamada de “A Concepção Imaculada”. Até os estudiosos católicos reconhecem não ter uma base firme. “Apesar de a Concepção Imaculada não ser formulada como um dogma da fé até 1854, pelo menos é sugerida na Escritura Santa” (Ibid. 141). Não é sugerida nas Escrituras, até a doutrina do Pecado Original é desconhecida na Bíblia. “Pecado Original” significa “que nós todos herdamos as transgressões dos nossos primeiros pais e que nascemos inimigos de Deus” (Ibid. 220). Mas a Bíblia ensina: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este” (Ezequiel 18:20). Ninguém herda o pecado, mas todas as pessoas responsáveis pecaram (Romanos 3:23), e não há nenhuma razão nas Escrituras para acreditarmos que Maria é uma exceção.

O dogma católico também coloca Maria como uma virgem perpétua, até mesmo depois de seu casamento. “A Igreja ensina-nos que ela sempre foi uma Virgem – uma Virgem antes do seu casamento, durante sua vida de casada e após a morte de seu cônjuge” (Ibid. 138). Se isso fosse verdade, Maria teria falhado em cumprir suas obrigações com seu marido (1 Coríntios 7:3-5). A Bíblia sugere que ela teve relações sexuais com José (Mateus 1:25), nomeia quatro irmãos de Jesus e indica que ele também tinha irmãs (Mateus 13:55-56; Marcos 6:3). A doutrina da virgindade perpétua de Maria sugere que há algo impuro nas relações sexuais no casamento, enquanto a Bíblia indica que são puras (Hebreus 13:4).

Além disso, os católicos romanos ensinam que Maria foi elevada em pessoa para o céu sem passar pela morte, uma doutrina chamada de Assunção (Ibid.134-162). Não há nenhuma prova nas Escrituras de que Maria é uma exceção à regra geral da humanidade: “aos homens é ordenado morrerem uma só vez” (Hebreus 9:27).

A tradição católica ensina que Maria é a nossa “mediadora”, que intercede com seu Filho a nosso favor. Os católicos são ensinados a orarem a ela: “A Igreja exorta seus filhos a não apenas honrarem a Santa Virgem, mas também a invocarem sua intercessão.... Maria nunca entregou no céu seu título de Mãe de Jesus. Ela ainda é sua Mãe, e enquanto o adora como seu Deus ela ainda mantêm seus relacionamentos maternais, e ele exerce com ela a disposição amorosa de lhe conceder seu pedido, como o melhor dos filhos para com a melhor das mães” (Ibid 154-155).

A “Ave Maria” é um exemplo de uma oração à Maria. A Escritura ensina que há “um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5). A única vez que é registrada que Maria intercedeu com Jesus a favor de outro, ele a repreendeu por interferir com seu ministério (João 2:4). A oração é um ato de adoração, e oração para Maria, apesar das negações dos católicos, é adoração a ela. Devemos adorar a Deus somente (Atos 10:25-26; Apocalipse 19:10; 22:8-9).

O efeito de todas as tradições católicas sobre Maria é dar a ela uma honra que não pertence a nenhum simples humano: “Agora de todos que participaram no ministério da Redenção não há ninguém que preencheu uma posição tão exaltada, tão sagrada, quanto o ofício incomunicável da Mãe de Jesus...” (Ibid. 136). O próprio Jesus ensinou que aqueles que o obedecem têm um relacionamento mais íntimo com ele do que seus parentes físicos (Mateus 12:48-50; Marcos 3:33-35; Lucas 8:21). O Senhor declarou que “os que ouvem a palavra de Deus e a guardam” são mais bem-aventurados do que sua mãe (Lucas 11:27-28).

Maria era uma boa mulher e foi muito honrada por Deus, mas ela era apenas uma mulher, nada mais, e não deve receber mais honra do que qualquer outro bom ser humano.

segunda-feira, 27 de julho de 2009


VAMOS ANDAR COM DEUS!!
Introdução
Andando com Deus foi preparado para ajudá-lo na leitura e aplicação do ensinamento da Bíblia. Destina-se a ser usado juntamente com a Bíblia, como uma ferramenta para auxiliá-lo na leitura diária da palavra de Deus. Aqui vai uma explicação do que você encontrará a cada dia e como estas apresentações poderão ajudá-lo a aproveitar ao máximo sua leitura da Bíblia.

Leituras. As seleções para leitura diária são baseadas num programa de leitura desenvolvido por Leon Willis. Diferindo de muitos programas, que vão diretamente de Gênesis até Apocalipse, estas seleções diárias são tiradas de cinco diferentes partes da Bíblia. Cada dia você lerá alguma coisa de cada uma destas cinco categorias:

Os Evangelhos (A vida e o ensinamento de Jesus)

Atos e as Epístolas (Exemplos e ensinamento dos primeiros seguidores de Cristo)

Os Salmos (Passagens deste livro, que é cheio de louvor a Deus)

Provérbios e Eclesiastes (Leitura destes livros de sabedoria para ajudar nos desafios da vida diária)

Outros livros do Velho Testamento (Lições de História do primeiro povo de Deus e sua relação com a nação escolhida do Velho Testamento)

Versículo Especial. Aqui você encontrará um versículo escolhido entre as leituras do dia. Será um versículo que valerá a pena lembrar e que será útil quando você meditar sobre coisas espirituais.

Pensamento bíblico. Dentre as leituras diárias, um texto é escolhido cada dia como a base salientando um ensinamento bíblico importante. Este breve comentário é destinado a ajudá-lo a entender e aplicar a palavra de Deus.

Sugestão para ação. Precisamos aplicar o que aprendemos das escrituras. Esta sugestão diária encorajará ações e orações que se relacionam de algum modo com as leituras do dia.

Sugestões para Usar este Plano de Leitura

Use-o diariamente. O hábito de leitura diária da Bíblia ajudará enormemente seu crescimento espiritural. Para tirar o máximo destes guias de leitura, planeje agora seguir este guia cada dia do próximo ano. Muitas pessoas acham bom reservar uma determinada hora todos os dias (todas as manhãs, ou na hora do almoço, ou à noite). Se você completar todas as leituras sugeridas cada dia, eis aqui o que você conseguirá durante o ano:

Você lerá a Bíblia inteira em um ano!

Você lerá os livros de Salmos, Provérbios e Eclesiastes duas vezes durante o ano.

Você lerá a história da vida de Cristo quatro vezes (cada um dos quatro relatos do Evangelho).

Você meditará sobre 365 versículos especiais.

Você examinará 365 mensagens da Bíblia.

Você terá 365 oportunidades para aplicar estes ensinamentos em sua vida e em suas orações.

O que custará fazer tudo isto? Muitas pessoas acham que estas leituras tomarão menos do que 30 minutos por dia. Que melhor aplicação de 30 minutos diários?

Leia, Medite, Ore, Pratique. Certifique-se de estar aplicando estes princípios, vivendo de acordo com o que você aprende. A Bíblia é a palavra de Deus para guiar sua vida. Use-a!

Quando devo iniciar? Cada entrada diária tem dois sistemas de marcação de datas. Para aqueles que podem iniciar em 1 de janeiro, as datas são marcadas de 1 de janeiro a 31 de dezembro. Para aqueles que iniciam no decorrer do ano--ou aqueles que se desviam durante o ano e querem recomeçar--os dias são numerados de 1 a 365. Com estes números, por exemplo, você poderá começar em 1 de abril e terminar em 31 de março do ano seguinte.

Que Deus o abençoe quando você estudar e obedecer a sua Palavra!

“Podeis vós beber o cálice?”

“Então, se aproximaram dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre, queremos que nos concedas o que te vamos pedir. E ele lhes perguntou: Que quereis que vos faça? Responderam-lhe: Permite-nos que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda. Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu bebo ou receber o batismo com que eu sou batizado? Disseram-lhe: Podemos. Tornou-lhes Jesus: Bebereis o cálice que eu bebo e recebereis o batismo com que eu sou batizado; quanto, porém, ao assentar-se à minha direita ou à minha esquerda, não me compete concedê-lo; porque é para aqueles a quem está preparado. Ouvindo isto, indignaram-se os dez contra Tiago e João. Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Marcos 10:35-45).

O relato paralelo em Mateus 20 mostra que Salomé, mãe de Tiago e João, também estava envolvida no seu pedido. Se era inicialmente sua idéia ou idéia de seus filhos, não somos informados, mas o procedimento inteiro mostra que os discípulos de Jesus não compreenderam ainda realmente a natureza de seu propósito – nem do propósito deles.

Ele não tinha vindo à terra para a glória pessoal, mas para servir às necessidades de pecadores que estavam perdidos e morrendo. Seus apóstolos não deviam ser servidos e paparicados, mas deviam entregar-se à tarefa da redenção humana.

Quando Jesus perguntou se poderiam beber do seu cálice e serem batizados com seu batismo, responderam de modo afirmativo, mas não compreenderam o que Jesus estava falando. O “cálice” e o “batismo” deste contexto são figuras do discurso. Eles já tinham sido batizados com o batismo de água a qual Jesus foi submetido. Logo compartilhariam com ele do cálice de sua ceia memorial. Mas o cálice e o batismo de Marcos 10 eram símbolos do sofrimento. Poderiam ser imersos no sofrimento como estava prestes a acontecer com Jesus? Poderiam beber o cálice temido de Marcos 14:36? Poderiam, e iriam – mas ainda não compreenderam realmente as suas palavras.

Ao ouvir o pedido de Tiago e João por considerações especiais, os outros ficaram indignados, provavelmente não porque a idéia era repulsiva a eles, mas porque Tiago e João tiveram a idéia antes deles. Havia ainda muito a aprender, mas no tempo devido, compreenderiam completamente.